Educação Escolar e Políticas Públicas
Desigualdades Educativas Estruturais no Brasil: entre Estado, Privatização e Descentralização.
As desigualdades educativas estruturais do sistema educacional brasileiro, não estão organizadas para servir à comunidade, mas sim para convencer a sociedade. O acesso à escola é moldado, não apenas a categoria socioeconômica, sexo, etnia, etc., mas também pelo tipo de rede escolar, pública ou particular, provocando a atual fragmentação do sistema escolar brasileiro, acentuando assim as desigualdades sociais no país.
O desenvolvimento do sistema educativo brasileiro vem sendo marcado, por relações conflitantes entre diferentes grupos sociais. Houve quatro períodos principais na história das lutas em prol da escola pública no Brasil. O primeiro é marcado nos anos 30, pela discussão entre católicos e leigos quanto às orientações gerais da política educativa no país. Nos anos 50 e 60, o debate ficou entre os defensores da escola pública e particular, onde a escola pública teria as mesmas chances educativas, que a escola particular, para todos os cidadãos brasileiros. O terceiro período iniciou em 1964 com o regime militar, que interrompeu as expectativas suscitadas pelas campanhas de alfabetização popular. O último período começa no inicio dos anos 80, com a democratização do ensino e a permanência das crianças desfavorecidas na escola.
O ensino particular constituiu-se progressivamente como única opção para os filhos da elite social. Mesmo com o discurso político sobre o ensino igualitário no Brasil, o resultado é um sistema educativo fragmentado, organizados em redes diferentes e dificilmente comparáveis entre si. A ajuda financeira com o dinheiro público para as escolas particulares de ensino acentuou e muito a injustiça social num país que boa parte da população em idade escolar encontrava-se excluída do processo educacional.
A maioria das universidades Federais é freqüentada por alunos de escolas particulares que podem pagar o ensino básico ou secundário, onde apresenta melhor qualidade de ensino. Quem pode pagar um ensino de melhor qualidade, garante uma chance de estudar em universidades públicas, estas de melhor qualidade.
O descaso e a falta de interesse dos nossos governantes, com o ensino público, são alarmantes e vergonhosos, pois podemos constatar a falta de recursos a serem empregados na educação básica em todo o país, aumentando as desigualdades sociais e as diferenças entre escola pública e particular, até hoje.
Abraços!!!
Shirley
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